9 de abril de 2010

morro com coragem, dignidade e calcinha limpa


"Às vezes, quando não consigo dormir, imagino meu enterro e imagino tributos fúnebres. Na fantasia, eu sempre morro de um jeito trágico, mas inevitável. Um motorista bêbado passa por cima de mim. Tenho um aneurisma. Eu me asseguro de sofrer pouquinho, mas morro com coragem, dignidade e calcinha limpa. Gosto mais de pensar no enterro do que na forma como eu morro. Quem iria? Quem enfrentaria seus medos de discursar na tribuna da igreja? E quem acharia ter coisa melhor a fazer e nem sequer daria as caras? Fico imaginando se as pessoas chorariam, se haveria alguém que prenderia as lágrimas, temendo jamais conseguir contê-las."


the opposite of love

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